segunda-feira, outubro 24, 2005

Palhaço !

Recomendação: Pessoas sensíveis à palavras fortes, de baixo nível e sem conteúdo didático não leiam o post a seguir.

Nesta recente onda de maracutaias e roubalheiras envolvendo nossa arbitragem, o reflexo disto é notável em todas as modalidades que envolvam um pé chutando uma bola, ou seja, do futebol profissional ao society, onde me incluo nesta última modalidade.
Estava eu numa emocionante partida de futebol society, o famoso “racha”. Para quem não sabe o “racha” é composto pelos seguintes elementos:
#Dois times (claro né), porém não munidos de uniformes muito menos chuteiras. Daí vc pergunta “Como eu identifico quem é de cada time?” Resp.: Simples. Um time de camisa e outro sem camisa (Autêntico hein ?!)
# Dois goleiros que nunca jogaram no gol
# Pelo menos 3 jogadores embriagados, incluindo o goleiro
# Campo teoricamente gramado, porém desprovido de grama na região dos goleiros.
# Área mínima de 8 m² de areia grossa em região aleatória do campo, para os jogadores poderem se lascar todo em uma jogada como o “carrinho”.
# ...e claro, um “árbitro”, q o único apito q conhece é o do índio (afinal, alguém já viu uma porra de um índio apitando ?)
Conhecendo os elementos do “racha”, voltemos ao fato. (obs: ao contrário do Edílson Pereira de Carvalho que beijava uma santa antes do jogo, nosso “árbitro” beijava um litro de cana).Estava eu no racha até o momento tranqüilo até o “árbitro” apitar uma bola fora que não havia saído. Começa então aquela onda de elogios e agrados ao “árbitro”, já este não estava gostando da série de elogios que estava recebendo e estava esperando alguém desferir o melhor para presenteia-lo com um cartão. Então eu, em voz de evocação e potência extrema, disse: OH ANIMAL! TÁ MALUCO! NUM SABE APITAR VAI PRA CASA! A BARRIGA NUM DEIXA TU CHEGAR NOS LANCES NÃO É!? PALHAÇO!!
Todos me olharam com um tom de admiração. Foi sen-sa-cio-nal ! Lindo! Senti-me de alma lavada e paz espiritual. O “árbitro” viu que eu tinha sido realmente o melhor, sendo o merecedor do cartão. Muitos vieram me cumprimentar depois.



Até o fim do jogo, quem batesse em mim não era falta, não entendi porquê.